segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Um Novo Ano com MUITAS LEITURAS!
Depois de um Natal amplamente festejado, chega o Ano Novo. Se fizermos de 2009, um ano de paz, alegria e Alguém nos oferecer um cálice de saúde, temos tudo para ser felizes! Claro, vou escolher Harold Pinter,em homenagem ao grande escritor britânico - poeta, dramaturgo, activista político - prémio Nobel em 2005,desaparecido no dia 24 de Dezembro. Pinter defendeu os direitos humanos, especialmente nos últimos anos.Vamos conhecê-lo.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Livros seleccionados para a próxima etapa do Concurso de Leitura
TAMARO, Susana , O Menino Que não Gostava de Ler, Presença, Lisboa, 2007.
GONZALEZ, Maria Teresa Maia , Ricardo, o radical, Difel, Algés, 2001.
CASTRIM, Mário , O Caso da Rua Jau , Campo das Letras, Porto, 1999
Concurso de Leitura na nossa escola
Decorreu no dia 10 e 17 de Dezembro, na nossa escola, a primeira fase do Concurso de Leitura. Mais de 40 alunos, representando as turmas do 7º, 8º e 9º anos, participaram entusiasticamente, na prova escrita, tendo sido seleccionado um pequeno grupo de alunos para a prova oral. Foram apuradas, no dia 17 de Dezembro, as seguintes alunas para a fase distrital que decorre, este ano, em Alcochete, na Biblioteca Municipal: Helena Santos (8.º D), Marisa Prata (8.º F) e Inês Rocha (7.º E). Todos os professores e alunos de Língua Portuguesa, directamente envolvidos nesta actividade, estão de parabéns, pela forma como leram e trabalharam o livro de A. Gedeão, História Breve da Lua.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Por todas as razões, J. Saramago está de parabéns!
“E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?”
Almeida Garrett
(1799-1854)
CITADO NO BLOGUE “O CADERNO DE SARAMAGO”, O BLOGUE DE JOSÉ SARAMAGO – 10 ANOS DEPOIS DE TER RECEBIDO O NOBEL, SEMPRE ACUTILANTE E CERTEIRO.
PARABÉNS PELO NOVO LIVRO “ A VIAGEM DO ELEFANTE" que trata da insólita viagem de um elefante chamado Salomão que, no século XVI, cruzou metade da Europa, de Lisboa a Viena, por extravagâncias de um rei e um arquiduque. O episódio é verdadeiro e passou-se na corte do rei João III, rei de Portugal e Algarves.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Dickens, um fabuloso Cântico de Natal
Quem não se lembra do sempre forreta,cruel,intolerante, insensível Mr. Scrooge,no conto de Charles Dickens (1812-1870), o escritor inglês? Pois,a RTP Memória não deixou de o relembrar, no final de 2008, numa série fabulosa. Scrooge, sempre preocupado com a sua vida financeira, é a figura hiperbolizada daquele que sendo individualista, não se viu ainda verdadeiramente ao espelho. E quando o faz, pela mão dos três espíritos que o visitam, descobre que não vale a pena estar só, numa NOITE DE NATAL. Ler este conto e depois ler uma história de Natal, com o Tio Patinhas, do Walt Disney, permite verificar como Scrooge chegou a todos os jovens, através da Banda Desenhada, sem darmos conta. Em Inglês, o Tio Patinhas chama-se precisamente UNCLE SCROOGE. Boa leitura!
Para quem gosta de ler o original de Dickens: http://www.fashion-era.com/Christmas/dickens_christmas_carol_scrooge.htm
Para quem prefere uma tradução recente da Vislis Editores, ou do Público, além de outras de editoras mais antigas, como a Europa-América ( há muitas possíveis, razoáveis)pode encontrá-las numa boa livraria.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Pessoa escreveu sobre o Natal!
Se clicarem, podem ler então os dois poemas que todos se lembram de ter lido em qualquer lugar. No Youtube, ouvem M.Bethânia.
http://www.professordouglas.com/2007/12/poesia-fernando-pessoa.html
http://www.lovers-poems.com/poesia-fernando-pessoa-chove-e-dia-de-natal.html
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
100 anos - Que sabemos de Machado de Assis?
Também escreveu um Soneto de Natal, disponível em :
assinala.htmlhttp://www.releituras.com/machadodeassis_soneto.asp
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Natal é quando um homem quiser!
Nesta época de partilha, de família, de paz e de tolerância, lembro-me sempre desta frase, mas quero dizer-vos que o autor da mensagem foi um grande poeta. Pois, quem não gosta desta canção de Paulo de Carvalho e deste poema do saudoso José Carlos Ary dos Santos? Vamos recordá-lo e reabilitá-lo, pois ele merece e nós temos esse dever – ler a sua poesia é um dever cultural.
Quando um Homem quiser
Música: Fernando Tordo
Letra: Ary dos Santos
Intérprete: Paulo de Carvalho
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e comboios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Oriundo de uma família da alta burguesia, José Carlos Ary dos Santos, conhecido no meio social e literário por Ary dos Santos, nasceu em Lisboa a 7 de Dezembro de 1937, tendo falecido a 18 de Janeiro de 1984, em Lisboa . Aos catorze anos, a sua família publica-lhe alguns poemas, considerados maus pelo poeta. No entanto, Ary dos Santos revelaria verdadeiramente as suas qualidades poéticas em 1954, com dezasseis anos de idade. É nessa altura que vê os seus poemas serem seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett. Entretanto, concorre, sob pseudónimo, ao Festival da Canção da RTP com os poemas "Desfolhada"e "Tourada", obtendo os primeiros prémios. É aliás através deste campo –o da música que o poeta melhor se tornaria conhecido entre o grande público. Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e com muitos outros autores e intérpretes e ainda um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira.
“ Eu, Animal” de Indra Sinha, um escritor indiano.
Finalista do Prémio Man Booker 2007 e Vencedor do Prémio Commonwealth 2008.
Gostei desta bela história que retrata a procura da dignidade humana e da entreajuda, numa sociedade onde o poder económico se sobrepõe aos valores morais. Animal procura sobreviver, depois do desastre químico que quase destruiu o seu corpo e o seu futuro, tal como afirma no livro: «Já fui humano
“ A Tia Júlia e o escrevedor” de Mário Vargas Losa
Ando a ler um livro e estou a gostar. Trata-se de um romance do escritor Mário Vargas Losa, intitulado “A Tia Júlia e o escrevedor”. Neste romance, quase autobiográfico, o século vinte e a história dos meios de comunicação cruzam-se com a vida do escritor, ainda jovem, mas já motivado para as lides da escrita - queria ser escritor - e da comunicação. Lidando de perto com a vida jornalística, o Varguitas, estudante de Direito, apaixonado por Júlia, uma mulher mais velha, convive com editores, produtores de folhetins radiofónicos e outras personagens, tão em voga, na altura. É um romance divertido que retrata a sociedade peruana de meados do século XX e o sentido da literatura e da comunicação social – com a personagem Pedro Camacho, escritor de folhetins radiofónicos, como símbolo dos dois meios que se entrecruzam. (Professora Ana Martins)
SEMANA da CULTURA CIENTÍFICA - Leituras
Para além da leitura da peça de A.Gedeão, no 3º ciclo, os alunos realizaram fichas de leitura diversas sobre a obra, viram o filme “ Tintin, pisando a Lua” e leram a biografia do autor.
Foram lidos e ouvidos poemas ( declamados e musicados) de António Gedeão que retratam a sua paixão pela ciência e pela poesia: Pedra Filosofal, Lágrima de Preta, Arma Secreta e Galileu.
A par deste autor, outros seleccionados pela Equipa da BE/CRE, foram lidos, tais como: Fernando Pessoa, Cecília de Meireles, António Aleixo.
Deixo-vos então o poema de António Aleixo, o poeta popular algarvio - de Loulé- , que dizia as verdades de forma simples: ver informação sobre o poeta no link - http://acaciasrubras.no.sapo.pt/biblioteca/poesia/antonio_aleixo/
Onde Nasceu a Ciência e o Juízo?
MOTE
— Onde nasceu a ciência?...
— Onde nasceu o juízo?...
Calculo que ninguém tem
Tudo quanto lhe é preciso!
GLOSAS
Onde nasceu o autor
Com forças p'ra trabalhar
E fazer a terra dar
As plantas de toda a cor?
Onde nasceu tal valor?...
Seria uma força imensa
E há muita gente que pensa
Que o poder nos vem de Cristo;
Mas antes de tudo isto,
Onde nasceu a ciência?...
De onde nasceu o saber?...
Do homem, naturalmente.
Mas quem gerou tal vivente
Sem no mundo nada haver?
Gostava de conhecer
Quem é que formou o piso
Que a todos nós é preciso
Até o mundo ter fim...
Não há quem me diga a mim
Onde nasceu o juízo?...
Sei que há homens educados
Que tiveram muito estudo.
Mas esses não sabem tudo,
Também vivem enganados;
Depois dos dias contados
Morrem quando a morte vem.
Há muito quem se entretém
A ler um bom dicionário...
Mas tudo o que é necessário
Calculo que ninguém tem.
Ao primeiro homem sabido,
Quem foi que lhe deu lições
P'ra ter habilitações
E ser assim instruído?...
Quem não estiver convencido
Concorde com este aviso:
— Eu nunca desvalorizo
Aquel' que saber não tem,
Porque não nasceu ninguém
Com tudo quanto é preciso!
António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."
"Lisboa de Pessoa"
PERCURSO LITERÁRIO DE FERNANDO PESSOA EM LISBOA
As turmas do 8º ano – A e B - deslocaram-se a Lisboa, no dia 14 e 26 de Novembro, numa visita guiada organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, aos locais que são emblemáticos na vida e obra do poeta: referência à sua família e à casa em que nasceu, aos seus cafés favoritos- Brasileira e Martinho da Arcada, às suas tabacarias, à igreja dos Mártires, às ruas, aos escritórios, ao rio Tejo, ao local onde conheceu a namorada, às estátuas em sua memória e, naturalmente, aos Poemas (lidos pelos alunos). Foram lidos : “ Oh sino da sua aldeia” ( em frente da igreja); um excerto sobre a Tabacaria; um outro ainda da Ode Triunfal ” o maestro sacode a batuta” (junto ao teatro de S. Carlos) e dois excertos - de um poema de Alberto Caeiro ( “o Tejo é mais belo” ) e de um outro poema de Álvaro de Campos ( “Todas as cartas de amor…”).
No final, preencheram um pequeno guião, sobre o percurso, e deram a sua opinião sobre a actividade de comemoração dos 120 anos do nascimento do poeta.
O percurso começa junto ao Teatro S.Carlos e continua no Chiado e na Baixa-
Visita à Brasileira e ao Martinho da Arcada. Os alunos gostaram desta maneira
diferente de se conhecer um poeta. Todos tiraram fotografias junto à escultura
do escultor Lagoa Henriques, em frente da Brasileira do Chiado.
FERNANDO PESSOA
A EQUIPA DA BE/CRE SELECCIONOU DOIS TEXTOS, DOS DOIS CICLOS, E CÁ ESTÃO ELES:
Se tive amores?
Se tive amores? Já não sei se os tive
Se os tive, não me lembro, ainda hoje me lamento
O amor é uma companhia,
Uma amizade, uma alegria
Que para sempre será vivida
Durante a nossa vida
Já não me importo
Que isto rime ou não
Estes versos ficarão para sempre no meu coração. ( poema colectivo do 7º D)
( Quem não se lembra do poema do heterónimo Álvaro de Campos “ Todas as cartas de amor são ridículas” – ver e ler no youtube este poema fantástico que podemos dedicar à única mulher que o poeta amou : Ophélia Queiroz)
Já ouvi doze vezes dar a hora,
No relógio da minha casa,
E estou à espera da fada das crianças
Que dará vida aos meus brinquedos.
Hoje de manhã saí muito cedo
Para o jardim apanhar sol
E ver as crianças a brincar.
Que saudades da minha mãe!
Afinal a melhor maneira de viajar é sentir
A alegria das pessoas e ouvi-las rir e até sonhar… ( poema colectivo do 5º D)
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Trava línguas do 5.º D
Rebuçado que o rato
Tinha roído antes
Da Rita roer.
João Diogo Catalão
A aranha arranha a jarra
A jarra arranha a aranha
Nem a aranha arranha a jarra
Nem a jarra arranha a aranha.
Andresa Damião
A Bruna tinha uma bolacha
Com a boca comeu-a toda.
Que bela bolachinha
Que a Bruna comeu-a todinha.
Sara Coelho
Eu mandei moldar
Uma moldura bem moldada
De maneira a emoldurar
A imagem da minha estrada.
Maria Inês Rafael
O Paulo perguntou ao
Padre se o seu pato
Tinha comido o botão de prata
Da camisa de prata do seu pai.
Pedro Ferreira
A tarde de ontem à tarde
Foi uma bela tarde.
Tarde virá uma tarde
Como a de ontem à tarde.
Ana Catarina Canelas
Paris é o meu país
Eu gosto do meu País.
Também gosto de Paris
Porque Paris é o meu país.
Raquel Pereira
No meu canto
Canto um canto
Para encantar quem não canta.
Quem não canta fica encantado
E vem logo para um canto
Cantar o canto que eu canto.
Catarina Mestre
A Carla tem um carro
A Carlota também.
A Carla correu para o carro
A Carlota também.
Ricardo Pereira