domingo, 24 de maio de 2009

O Lobo e outras histórias


A Dra Ana Morais, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, esteve no dia 22 de Maio, na Biblioteca Escolar, a explicar por que o lobo nem sempre é mau. Cruzando a literatura erudita e tradicional, o lobo surge humanizado, simbolizando todas as contradições do ser humano: umas vezes forte, outras vezes enganado e pateta ( especialmente quando actua com a raposa). Aquele que tem fome e precisa sobreviver. Um predador, mas um predador que surge faminto e não consegue saciar essa fome.

Da editora Apenas, as investigadoras Fernanda Frazão e Gabriela Morais falaram do património oral, em geral, e de algumas curiosidades relativas a lendas, animais e outras representações.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

António Torrado na Biblioteca Municipal


É já no dia 27 que António Torrado virá a Alcochete. Durante todo o dia estará com alunos do 1º e 2º ciclos para falar dos seus livros, das suas histórias. Os alunos conhecem-no da históriadodia, uma página web com histórias diárias maravilhosas. Os seus livros são tão diversificados, abrangendo várias tipologias de texto.


António Torrado é poeta, dramaturgo, contista, novelista, professor e formador de professores, contador de histórias, jornalista, editor, director e produtor na televisão... e a lista não tem fim.Nasceu em Lisboa em 1939, começou a publicar aos 18 anos e não parou mais. A sua produção já ultrapassa a centena de títulos em temas que vão da ficção e poesia aos temas pedagógicos. Pela sua obra ganhou numerosos prémios.Formou-se em Filosofia na Universidade de Coimbra, foi professor do ensino secundário mas foi afastado do ensino por motivos políticos.Desempenhou cargos na direcção da Sociedade Portuguesa de Autores e participou na criação de uma escola ensino infantil e primário.É membro da Associação Internacional de Críticos Literários.Na televisão foi editor, produtor, argumentista e Director do Gabinete de Projectos e Guionismo da RTP.É, desde 1989, membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.é Coordenador do Curso Anual de Expressão Poética e Narrativa no Centro de Arte Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian. É o professor responsável pela disciplina de Escrita Dramatúrgica na Escola Superior de Teatro e Cinema.É dramaturgo residente na Companhia de Teatro Comuna em Lisboa. ( Associação de Professores de Português)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ler José Fanha



São muitos os motivos para se escolher as histórias de Fanha. Aproveitem para contactá-lo quando ele vier em Junho, à nossa escola. Tragam os seus livros e peçam-lhe para falar dos seus poemas e das suas histórias- que são tantas.


José Fanha nasceu em Lisboa e licenciou-se em arquitectura. Poeta e declamador, participou em milhares de sessões de animação cultural, acompanhando o grupo dos chamados badaleiros, em que participavam José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais; Manuel Freire; José Jorge Letria; Carlos Alberto Moniz, Fausto, entre outros. É autor de histórias e poesia para a infância, dramaturgo e dramaturgista, autor de letras para canções e textos para rádio, guionista de televisão e cinema. Tem dirigido Oficinas de Poesia e de Escrita além de desenvolver trabalho intenso de divulgação de poesia e promoção do livro e da leitura em Bibliotecas e escolas um pouco por todo o país. ( Wook - Porto Editora)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A eternidade espera aqueles que merecem!


Uma mensagem de apreço ao grande Vasco Granja que morreu dia 4 de Maio. Estava tão doente num lar, não sei se ele se dava conta... porque memória das coisas, essa tinha falhado. Era como se tivesse parado no tempo. E veio-me à memória os seus programas de televisão, na RTP, o seu amor pela banda desenhada numa época em que pouco havia de diferente para os jovens. Quem não se lembra do cigarro da pantera cor de rosa? E da música? E do seu entusiasmo! Faltam hoje pessoas com este entusiasmo.

sábado, 2 de maio de 2009

Dia da Mãe - ler um poema!




No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,

E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

( Eugénio de Andrade)

O Capuchinho Vermelho de Perrault




Durante o 3º período, a Biblioteca Escolar aconselha a leitura deste belo conto de fadas na adaptação do escritor francês, Charles Perrault. Os ensinamentos e interpretações desta história são diversos, mas uma coisa é certa: há muitos lobos à solta por aí e muitos Capuchinhos que não ouvem os conselhos de quem sabe, de quem tem experiência. Deliciem-se também com a leitura das adaptações em Inglês e em Francês. E, durante o mês de Maio, esperem pelo lobo: ele virá disfarçado na pele de várias especialistas universitárias, trazendo sentidos múltiplos e inesperados. Uma sessão na nossa Bibblioteca para quem se interessar por este bichinho! Estejam atentos!